Perfect Dark reboot cancelado: vazamentos revelam o fiasco

Perfect Dark reboot cancelado: vazamentos revelam o fiasco

5 minutos 22/09/2025

Perfect Dark. O nome já traz aquele cheiro de cartucho do Nintendo 64 e madrugadas inteiras tentando desvendar os corredores de dataDyne, com gráficos quadrados, mas coração rotundo. A Joanna Dark foi, por muito tempo, a resposta da Rare ao fenômeno James Bond 007 de GoldenEye. Uma protagonista carismática, moderna e badass, que provava que espionagem futurista podia ser tão divertida quanto salvar o mundo com smoking.

Avança pro presente: Microsoft compra a Rare, coloca a IP numa prateleira, promete um reboot com pompa e situação, cria até um estúdio chamado The Initiative — vendido uma vez que o “dream team dos games AAA” — e, no termo, o que acontece? Cancelamento. O jogo morreu antes de nascer, junto com 9.000 demissões em julho de 2025.

E agora, pra nossa alegria e desgraça, começam a vazar detalhes (veja as imagens do jogo e artes ao longo dessa reportagem) do que seria esse reboot. Gameplay, sistemas com nomes pretensiosos, artes conceituais bonitonas… tudo aquilo que só serve pra deixar a gente pensando: “Caramba, podia ter sido incrível, mas virou pó no PowerPoint da Microsoft.”

O PowerPoint da discórdia: Relentless, Reward e Adrenaline

Segundo os vazamentos divulgados pela página MP1st (via Wccftech), três grandes pilares iam sustentar o gameplay: Relentless System, Reward System e o Adrenaline System. Parece nome de suplemento de ateneu, mas era a base do jogo.

O único explicado em detalhes foi o tal Adrenaline System, que funcionava uma vez que o bom e velho bullet time: desacelerar o tempo, esquivar de balas, aumentar o dano, se remediar mais rápido e trespassar desfilando pelo cenário uma vez que se fosse o Neo em Matrix Reloaded.

Ou seja: zero de revolucionário. Já vimos isso em Max Payne (2001), FEAR (2005), Red Dead Redemption 2 (2018)… mas a Microsoft, simples, queria vender uma vez que “inovação de gameplay”. Porque zero diz novidade geração uma vez que reciclar mecânicas de 20 anos detrás com um nome novo e uma logo chamativa.

Episódios? Sério mesmo, Xbox?

Outro ponto que vazou foi que a The Initiative estava trabalhando num tal de “Vertical Slice 1”, que seria secção de uma Temporada 1. Ou seja, o projecto era lançar o jogo em formato episódico.

Sim, você leu evidente: Perfect Dark, franquia clássica dos anos 2000, seria transformada em uma espécie de Netflix interativo. Imagina a recusa: você compra o jogo, joga meia dúzia de missões, termina num cliffhanger tipo romance mexicana e fica esperando meses — ou anos — pelo próximo incidente.

E considerando o histórico da Microsoft em desabitar projetos no meio do caminho, a verosimilhança de nunca vermos a “Temporada 2” era de 200%. O reboot de Joanna Dark tinha tudo pra virar o Half-Life 2: Episode 3 do Xbox.

O que poderia ter sido — e não será

As artes conceituais que vazaram mostram um jogo com estética futurista estilosa, ambientes limpos, arquitetura cyberpunk, iluminação moderna. Era a face de Perfect Dark, misturando espionagem com ficção científica.

E é exatamente isso que dói: visualmente, parecia promissor. Joanna Dark poderia ter ressurgido uma vez que ícone da novidade geração, batendo de frente com 007 em First Light (que sai em 2026) e até com Snake em Metal Gear Solid Delta. Mas não, preferiram cancelar e deixar a personagem guardada no armário ao lado de Banjo-Kazooie e Kameo.

É o equivalente gamer de ver fotos do coche novo que você ia comprar e depois desvendar que a fábrica fechou antes da entrega.

Microsoft: rainha dos cancelamentos

Não é a primeira vez que a Microsoft assassina seus próprios projetos. Vamos à lista:

Scalebound — Prometido uma vez que o RPG de dragões que seria “o jogo definitivo”, cancelado em 2017.

Fable Legends — Jogo cooperativo que chegou a ter beta, mas foi pro saco antes do lançamento.

Phantom Dust Remake — Outro que morreu sem dar as caras.

Crackdown 3 — Ok, esse não foi cancelado, mas muito que podia…

Agora junta-se à turma o reboot de Perfect Dark. Ao invés de “The Initiative”, o estúdio poderia ter se chamado The Inevitável, porque todo mundo já sabia que o rumo seria o cancelamento.

O fantasma do Kojima e o peso da concorrência

Outro pormenor engraçado é o timing. Em 2020, a teoria era trazer Perfect Dark de volta porque não havia mais jogos de espiões. Nem Snake, nem James Bond. Parecia perfeito.

Avança pra 2025: a Konami ressuscita Snake em Metal Gear Solid Delta, a IO Interactive anuncia 007 First Light… e a Microsoft? Cancela Perfect Dark.

É quase poético. Quando finalmente havia espaço pra Joanna Dark prefulgir de novo, ela é apagada do planta pela própria empresa que deveria sustentá-la.

A cereja no bolo: 9.000 demissões

Vale lembrar: o cancelamento veio no mesmo pacote de 9.000 demissões na Microsoft. Porque simples, zero mais eficiente do que trinchar cabeças e enterrar projetos quando a conta não fecha. O problema é que junto com as demissões vai a crédito dos jogadores, que cada vez mais olham para a marca Xbox uma vez que aquela tia que promete levar você na Disney mas nunca cumpre.

A piada pronta: Perfect Nope

No termo das contas, esse reboot virou meme antes mesmo de viver. Perfect Dark virou Perfect Nope. Os fãs ficam com a nostalgia do N64, as artes conceituais pra enfeitar wallpapers e a amarga sensação de que a Microsoft não sabe o que fazer com as IPs que tem.

Joanna Dark merecia muito mais do que virar “noção engavetado”. Merecia estar lado a lado com os grandes ícones da espionagem do dedo. Mas no Xbox moderno, até ícone clássico vira estatística de relatório financeiro.

O horizonte da franquia

O horizonte? Bom, do jeito que está, a única forma de Joanna Dark voltar é em cameo de qualquer crossover excêntrico tipo Fortnite ou Multiversus 2. Não estranhem se daqui a uns anos o proclamação for: “Joanna Dark agora é personagem jogável em Sea of Thieves!”.

É esse o nível de prioridade que a Microsoft dá pra suas lendas.

Desenlace: Perfect Dark não morreu, foi assassinado

Os vazamentos de gameplay e artes conceituais só reforçam aquilo que já sabíamos: o reboot tinha potencial, mas foi morto pelas mesmas mãos que deveriam dar vida a ele.

E uma vez que sempre, os fãs ficam chupando dedo, debatendo em fórum e gravando vídeos de 30 minutos no YouTube com título em caps lock: “MICROSOFT CANCELA PERFECT DARK E DEIXA GAMERS REVOLTADOS!!!”.

Ironia à secção, é triste ver uma personagem uma vez que Joanna Dark ser tratada uma vez que descartável. Mas essa é a veras: no jogo corporativo da Microsoft, até os espiões mais habilidosos não escapam de virar fim.

📌 Resumo RumbleTech:

Vazaram detalhes do reboot cancelado de Perfect Dark.

Jogo teria “Adrenaline System” (bullet time) e formato episódico.

Cancelado em seguida 9.000 demissões na Microsoft.

Artes conceituais mostravam visual promissor, mas ficou só no papel.

Joanna Dark segue esquecida, enquanto 007 e Snake voltam ao topo.

Fonte

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