Início » Perfect Dark reboot cancelado: vazamentos revelam o fiasco

Perfect Dark. O nome já traz aquele cheiro de cartucho do Nintendo 64 e madrugadas inteiras tentando desvendar os corredores de dataDyne, com gráficos quadrados, mas coração rotundo. A Joanna Dark foi, por muito tempo, a resposta da Rare ao fenômeno James Bond 007 de GoldenEye. Uma protagonista carismática, moderna e badass, que provava que espionagem futurista podia ser tão divertida quanto salvar o mundo com smoking.
Avança pro presente: Microsoft compra a Rare, coloca a IP numa prateleira, promete um reboot com pompa e situação, cria até um estúdio chamado The Initiative — vendido uma vez que o “dream team dos games AAA” — e, no termo, o que acontece? Cancelamento. O jogo morreu antes de nascer, junto com 9.000 demissões em julho de 2025.
E agora, pra nossa alegria e desgraça, começam a vazar detalhes (veja as imagens do jogo e artes ao longo dessa reportagem) do que seria esse reboot. Gameplay, sistemas com nomes pretensiosos, artes conceituais bonitonas… tudo aquilo que só serve pra deixar a gente pensando: “Caramba, podia ter sido incrível, mas virou pó no PowerPoint da Microsoft.”

Segundo os vazamentos divulgados pela página MP1st (via Wccftech), três grandes pilares iam sustentar o gameplay: Relentless System, Reward System e o Adrenaline System. Parece nome de suplemento de ateneu, mas era a base do jogo.
O único explicado em detalhes foi o tal Adrenaline System, que funcionava uma vez que o bom e velho bullet time: desacelerar o tempo, esquivar de balas, aumentar o dano, se remediar mais rápido e trespassar desfilando pelo cenário uma vez que se fosse o Neo em Matrix Reloaded.
Ou seja: zero de revolucionário. Já vimos isso em Max Payne (2001), FEAR (2005), Red Dead Redemption 2 (2018)… mas a Microsoft, simples, queria vender uma vez que “inovação de gameplay”. Porque zero diz novidade geração uma vez que reciclar mecânicas de 20 anos detrás com um nome novo e uma logo chamativa.

Outro ponto que vazou foi que a The Initiative estava trabalhando num tal de “Vertical Slice 1”, que seria secção de uma Temporada 1. Ou seja, o projecto era lançar o jogo em formato episódico.
Sim, você leu evidente: Perfect Dark, franquia clássica dos anos 2000, seria transformada em uma espécie de Netflix interativo. Imagina a recusa: você compra o jogo, joga meia dúzia de missões, termina num cliffhanger tipo romance mexicana e fica esperando meses — ou anos — pelo próximo incidente.
E considerando o histórico da Microsoft em desabitar projetos no meio do caminho, a verosimilhança de nunca vermos a “Temporada 2” era de 200%. O reboot de Joanna Dark tinha tudo pra virar o Half-Life 2: Episode 3 do Xbox.

As artes conceituais que vazaram mostram um jogo com estética futurista estilosa, ambientes limpos, arquitetura cyberpunk, iluminação moderna. Era a face de Perfect Dark, misturando espionagem com ficção científica.
E é exatamente isso que dói: visualmente, parecia promissor. Joanna Dark poderia ter ressurgido uma vez que ícone da novidade geração, batendo de frente com 007 em First Light (que sai em 2026) e até com Snake em Metal Gear Solid Delta. Mas não, preferiram cancelar e deixar a personagem guardada no armário ao lado de Banjo-Kazooie e Kameo.
É o equivalente gamer de ver fotos do coche novo que você ia comprar e depois desvendar que a fábrica fechou antes da entrega.

Não é a primeira vez que a Microsoft assassina seus próprios projetos. Vamos à lista:
Scalebound — Prometido uma vez que o RPG de dragões que seria “o jogo definitivo”, cancelado em 2017.
Fable Legends — Jogo cooperativo que chegou a ter beta, mas foi pro saco antes do lançamento.
Phantom Dust Remake — Outro que morreu sem dar as caras.
Crackdown 3 — Ok, esse não foi cancelado, mas muito que podia…
Agora junta-se à turma o reboot de Perfect Dark. Ao invés de “The Initiative”, o estúdio poderia ter se chamado The Inevitável, porque todo mundo já sabia que o rumo seria o cancelamento.

Outro pormenor engraçado é o timing. Em 2020, a teoria era trazer Perfect Dark de volta porque não havia mais jogos de espiões. Nem Snake, nem James Bond. Parecia perfeito.
Avança pra 2025: a Konami ressuscita Snake em Metal Gear Solid Delta, a IO Interactive anuncia 007 First Light… e a Microsoft? Cancela Perfect Dark.
É quase poético. Quando finalmente havia espaço pra Joanna Dark prefulgir de novo, ela é apagada do planta pela própria empresa que deveria sustentá-la.

Vale lembrar: o cancelamento veio no mesmo pacote de 9.000 demissões na Microsoft. Porque simples, zero mais eficiente do que trinchar cabeças e enterrar projetos quando a conta não fecha. O problema é que junto com as demissões vai a crédito dos jogadores, que cada vez mais olham para a marca Xbox uma vez que aquela tia que promete levar você na Disney mas nunca cumpre.
No termo das contas, esse reboot virou meme antes mesmo de viver. Perfect Dark virou Perfect Nope. Os fãs ficam com a nostalgia do N64, as artes conceituais pra enfeitar wallpapers e a amarga sensação de que a Microsoft não sabe o que fazer com as IPs que tem.
Joanna Dark merecia muito mais do que virar “noção engavetado”. Merecia estar lado a lado com os grandes ícones da espionagem do dedo. Mas no Xbox moderno, até ícone clássico vira estatística de relatório financeiro.
O horizonte? Bom, do jeito que está, a única forma de Joanna Dark voltar é em cameo de qualquer crossover excêntrico tipo Fortnite ou Multiversus 2. Não estranhem se daqui a uns anos o proclamação for: “Joanna Dark agora é personagem jogável em Sea of Thieves!”.
É esse o nível de prioridade que a Microsoft dá pra suas lendas.

Os vazamentos de gameplay e artes conceituais só reforçam aquilo que já sabíamos: o reboot tinha potencial, mas foi morto pelas mesmas mãos que deveriam dar vida a ele.
E uma vez que sempre, os fãs ficam chupando dedo, debatendo em fórum e gravando vídeos de 30 minutos no YouTube com título em caps lock: “MICROSOFT CANCELA PERFECT DARK E DEIXA GAMERS REVOLTADOS!!!”.
Ironia à secção, é triste ver uma personagem uma vez que Joanna Dark ser tratada uma vez que descartável. Mas essa é a veras: no jogo corporativo da Microsoft, até os espiões mais habilidosos não escapam de virar fim.
📌 Resumo RumbleTech:
Vazaram detalhes do reboot cancelado de Perfect Dark.
Jogo teria “Adrenaline System” (bullet time) e formato episódico.
Cancelado em seguida 9.000 demissões na Microsoft.
Artes conceituais mostravam visual promissor, mas ficou só no papel.
Joanna Dark segue esquecida, enquanto 007 e Snake voltam ao topo.

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